Sobre os transportes públicos

A questão dos transportes públicos não é nova. Já nos meus tempos de secundária era bastante precário (no Algarve, prestado pela Eva S.A., empresa privada do grupo Barraqueiro).
Mas analisemos a situação em termos práticos. Várias pessoas dizem “eu não uso porque são maus, não há [por exemplo] autocarros suficientes”. Que empresa vai investir em mais autocarros se os que tem chegam para a média de passageiros? Que empresa vai fazer mais linhas se não tem passageiros para rentabilizar esse serviço extra? Nenhuma empresa trabalha para o prejuízo. É meio caminho andado para fechar.
“Então e agora, com o passe social mais baixo, que os autocarros andam cheios, vai melhorar?” – perguntarão vocês. Se aumenta a procura (mais passageiros), cabe aos operadores (às empresas de transporte) aumentarem também a oferta (mais linhas, mais autocarros), pois aí já lhes compensa.
Pelo que é dito, quanto mais se usar os transportes públicos, para além dos factores positivos económico e ambiental, estamos a contribuir para criar condições aos operadores para melhorar os serviços prestados. Não quero com isto dizer que não devemos reivindicar melhores condições, mas fazê-lo e depois ir de automóvel particular não faz, a meu ver, qualquer sentido.

“É pior falar mau português do que falar mal em bom português…”

Um texto fabuloso (já com alguns anos) de Miguel Esteves Cardoso, lido (talvez interpretado seja o melhor termo) por Miguel Guilherme. A recordar sempre!

 

Boa música feita em Portugal: A Naifa – Monotone (2006)

 

Os grandes clubes no ciclismo

Sempre gostei de ver ciclismo, em especial a Volta a França e a Volta a Portugal. Isto, claro, quando há tempo para isso. E, na Volta a Portugal, é com ainda maior gosto que vejo que os clubes mais conhecidos pelo futebol, como o Boavista Futebol Clube (este já há vários anos), o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal, associam os seus nomes ao ciclismo português.

Sem qualquer desprimor pelas outras equipas portuguesas (a EFAPEL, a LA Alumínios – Metalusa Blackjack e a Louletano – Hospital de Loulé), o facto de os clubes da primeira liga do chamado “desporto rei” se associarem ao ciclismo transporta o amor dos seus adeptos para os atletas que andam na estrada. E que orgulho com certeza será para um adepto de Porto, Sporting e Boavista ver passar o corredor envergando as cores do seu clube, assim como no passado foi para benfiquistas, na altura em que Sport Lisboa e Benfica tinha equipa de ciclismo. Li pela “web” que os encarnados iriam relançar-se no ciclismo este ano, mas, a ser verdade, não terá sido a tempo da Volta a Portugal.

Duas notas dignas, a meu ver, de referência:
1) A Radio Popular Boavista é um projecto fundado em 1986 pelo Boavista Futebol Clube, apoiado/patrocinado pela Rádio Popular desde 2014. Isto é, é uma iniciativa do próprio clube e não uma associação, como aconteceu ao FC Porto que se associou em 2016 à União Ciclista de Sobrado (fundada em 2004) para, com o apoio da W52 e Mestre da Cor formar a “W52 – FC Porto – Mestre da Cor” (desde 2017) ou como o Sporting CP que se associou em 2016 ao Clube de Ciclismo de Tavira (fundado também a 1986) para formar a “Sporting Tavira”. Também o SL Benfica quando teve equipa no pelotão nacional foi por sua própria iniciativa, embora as noticias digam que procura agora associar-se a uma outra equipa (como o Louletano, por exemplo), como fizeram os dois maiores rivais.
2) Muita gente diz que a Volta a Portugal não deveria ter esse nome pois não passa por todo o país. Isso seria impossível. Primeiro porque nenhuma volta o faz (a francesa não passa em toda a França, assim como a “vuelta” também não passa em todo o território espanhol) e depois porque imaginem o caos que seria por exemplo no Algarve, a EN 125 fechada para passarem os ciclistas, num mês de Agosto em que o trânsito já é muito intenso por natureza.

 

Festival Eurovisão da Canção 2017: ganha Portugal!

Contra tudo e contra todos (eu inclusive na crónica http://www.maisopiniao.com/festival-da-cancao-2017/ ), Portugal️ com os irmãos Sobral ganhou pontos de todos os júris (com Israel e Sérvia a falar português) e nunca saiu da liderança desde o inicio até ao fim da votação dos mesmos.

Antes dos resultados do televoto, Portugal já tinha 104 votos de vantagem sobre a Bulgária, que ocupava o segundo posto. Durante 30 segundos, quando anunciaram os 337 pontos da Bulgária, descemos para segundo, para subirmos imediatamente e definitivamente ao 1º posto quando recebemos os 376 pontos do televoto para Portugal!

PORTUGAL ganha assim o voto dos júris e do televoto de cada país, com um total de 758, mais 143 que o segundo, a Bulgária.
É a chamada “chapada de luva branca” 🙂

“Go” dos Valley Lodge (música do genérico do “Last Week Tonight w/ John Oliver”)

Sendo fã do “Last Week Tonight with John Oliver” – que a RTP chama apenas de “John Oliver” e transmite na RTP3 e no RTP Play (ver aqui), fui procurar o tema usado para o genérico. E o tema chama-se “Go” da banda Valley Lodge, uma banda de, citando a Wikipédia, “power pop” americana, formada pelo guitarrista e vocalista John Kimbrough e pelo comediante e músico Dave Hill. O original da música (com vocals) é assim:

 

Aqui têm a versão instrumental, tal como usada no genérico do programa (embora não na versão integral):